Da BBC -
O chefe da estação, Vadim Plotnikov, pediu socorro às autoridades e disse à agência de notícias russa TASS que os animais impediram que pesquisadores realizassem seu trabalho. O cão de um dos cientistas foi morto e janelas da estação, quebradas.
Mas, após 15 dias de apreensão, os pesquisadores finalmente conseguiram afugentar os animais com a ajuda de sinalizadores, que foram entregues à estação nesta quarta-feira por um helicóptero, junto com suprimentos e três novos cães.
Não é um episódio inédito na Rússia: há cerca de um ano, ursos cercaram uma estação meteorológica na ilha de Vaygach, no extremo norte do país, durante uma semana e mantiveram um grupo de pesquisadores isolado dentro do local.
Incidentes do tipo ocorrem porque ursos polares habitam as mesmas regiões que despertam interesse dos pesquisadores, disse à BBC Vassiliy Shevchenko, funcionário da estatal russa de monitoramento meteorológico Sevgidromet, que é a dona da estação.
Com 27 km de comprimento, Troynoy é a maior ilha do arquipélago Izvestiy Tsik, localizado no mar de Kara, no oceano Ártico, ao norte da Sibéria.
'Incomum'
"Os ursos costumam ir para outras ilhas, mas não fizeram isso neste ano. O gelo retrocedeu rapidamente, e eles não tiveram tempo de nadar", afirmou Novikova. "Como não há comida na ilha Troynoy, eles foram até a estação."
Espécie vulnerável
Segundo a ONG World Wildlife Foundation, trata-se de uma espécie em situação de vulnerabilidade.
Sua população atual no mundo é estimada em 20 mil a 25 mil animais, dos quais de 5 mil a 7 mil vivem no Ártico russo.
A maior ameaça atual aos ursos polares é a perda de seu habitat por conta de mudanças climáticas, já que a caça de ursos polares foi proibida na Rússia em 1957.
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