Da BBC -
Algumas de suas peculiaridades, porém, fazem do pangolim um dos bichos mais visados por caçadores.
Com o corpo coberto por escamas (feitas de queratina) e sem dentes - ele se alimenta principalmente de formigas e usa sua longa língua para capturá-las -, o animal virou alvo principalmente por ser utilizado na medicina tradicional (alternativa, baseada em crenças e teorias) de países como China e Vietnã.
"Os asiáticos usam as escamas dele com vários propósitos, que vão de tratamento de câncer até o de males mais simples, como inchaço e artrite", explica Lisa Hyood, da organização Tikki Hywood Trust, baseada no Zimbábue, que resgata, reabilita e liberta pangolins.
"Alguns curandeiros tradicionais africanos também utilizam o pangolim, mas não no mesmo nível e na mesma quantidade que eles têm sido usados na Ásia."
Estima-se que cerca de um milhão de pangolins foram caçados na última década.
Por causa da alta procura pelo animal na Ásia, ele está praticamente extinto no continente - numa tentativa de suprir a demanda, os caçadores têm se voltado agora para a África.
Uma conferência internacional que acontece nesta semana na África do Sul pode determinar o futuro do mamífero mais traficado no mundo.
A deliberação da Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem), acordo entre governos com objetivo de garantir que a venda de espécies de animais e plantas selvagens não ameace a sua sobrevivência, pode tornar a caça a pangolins algo ilegal.
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