BBC Brasil
Já foram relatados também casos de ataques de hipopótamos e elefantes enfurecidos, que saem destruindo tudo que encontram em seu caminho.
Mas existem outros assassinos no mundo animal que são bem menos conhecidos. Veja abaixo seis deles.
1. Tênia
Os problemas de saúde causados pela tênia transmitida pela carne bovina não são tão graves. Mas a tênia presente na carne de porco pode causar graves dores de cabeça, cegueira e até a morte.
Estima-se que as doenças causadas pela tênia ingerida na carne de porco matem cerca de 1,2 mil pessoas por ano, a maioria na Ásia, África Subsaariana e América Latina.
Se os ovos das larvas se desenvolvem no sistema nervoso central, também podem causar uma forma de epilepsia.
2. Lombriga intestinal
Esse verme vive nos intestinos e espalha seus ovos por meio de fezes infectadas. A ascaridíase é causada pela ingestão desses ovos.
Isso pode ocorrer quando a pessoa leva à boca dedos ou mãos contaminadas ou consome frutas e verduras que não foram cozidos ou lavados ou não tiveram as cascas retiradas cuidadosamente.
O verme adulto tem tamanho que pode variar entre 15 e 35 centímetros.
Pessoas afetadas por esta lombriga (do gênero Ascaris) não apresentam sintomas, mas as infecções mais graves podem causar bloqueio intestinal e afetar o crescimento de crianças.
Apesar de a ascaridíase ser tratável, os casos graves causam aproximadamente 60 mil mortes por ano, geralmente entre crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
3. Caramujo de água doce
O contato com os caramujos de água doce pode causar a esquistossomose. É a segunda doença parasitária mais devastadora em países tropicais, ficando atrás apenas da malária.
A África é um dos continentes mais atingidos pelo problema.
De acordo com a OMS pelo menos 20 mil pessoas morrem devido à esquistossomose todo ano em todo o mundo.
Mas a Usaid, a agência de cooperação internacional dos Estados Unidos, calcula que o número é muito maior: mais de 200 mil mortes por ano.
4. Barbeiro
É um inseto hematófago e é encontrado apenas nas Américas.
Ao picar a pessoa para sugar o sangue, o intestino do barbeiro se incha e obriga o inseto a defecar, depositando parasitas na pele da vítima.
Quando a pessoa se coça o parasita, o Trypanosoma cruzi, penetra na pele.
A OMS calcula que existam em todo o mundo entre 6 e 7 milhões de pessoas infectadas pelo parasita causador da doença de Chagas, a maioria delas na América Latina.
5. Mosca tsé-tsé
Esta doença afeta, na maioria dos casos, pessoas pobres em áreas rurais e remotas da África e, se não for tratada, pode matar.
No entanto, muitos dos casos não são registrados.
Um século de esforços concentrados para controlar a doença conseguiu diminuir seus efeitos destrutivos. No meio da década de 1960 a doença já havia sido quase erradicada.
Mas voltou como uma epidemia que durou desde os anos 1970 até a metade da década de 1990.
A OMS estima que 65 milhões de pessoas correm o risco de contrair a doença e 20 mil estão infectadas.
Nas últimas etapas da infecção os parasitas entram no fluxo sanguíneo do cérebro e infectam o sistema nervoso central, causando confusão, falta de coordenação e a perturbação do ciclo do sono, sintoma que acabou dando o nome à doença.
6. Cachorros
A organização informou que, a cada ano, mais de 15 milhões de pessoas são vacinadas contra a raiva no mundo todo depois de terem sido mordidas por um cachorro, para evitar a doença.
A estimativa é que este procedimento evite centenas de milhares de mortes causadas pela raiva.
A raiva é uma doença viral infecciosa que afeta animais domésticos e selvagens e é transmitida para humanos através de mordidas ou arranhões, geralmente pelo contato com a saliva do animal.
Se não for tratada quase sempre é fatal.
Mais de 95% das mortes humanas causadas pela raiva ocorrem na Ásia e África.
Enquanto que os cachorros são historicamente associados com a transmissão da doença para humanos, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) afirmou que, entre os americanos, pode ser mais provável que as pessoas se contagiem através de gatos já que estes têm mais contato com os animais selvagens que originalmente transmitem a doença."
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