5 animais mais trapaceiros do mundo


Cantil mexicana

Essa serpente, encontrada apenas no México, pertence ao gênero Agkistrodon. Seu nome científico é Agkistrodon bilineatus taylori. Bastante venenosa, sua mordida pode causar necrose, hemorragia e até falência renal. Mas ela costuma guardar seu veneno apenas para pássaros, sapos e ratos. Ao contrário de muitas cobras, que são rápidas no ataque, a cantil usa outra tática: sua cauda tem uma ponta amarela ou esbranquiçada, e ela pode movê-la como se fosse uma minhoca. Como muitas de suas presas comem insetos e minhocas, elas são atraídas pela cauda. Assim que atacam a “minhoca”, a cobra contra-ataca e injeta seu veneno mortal.

Tamboril

Tamboril é o nome popular dos peixes lophiiformes. Eles são bastante conhecidos pela sua aparência amedrontadora, mas também contam com um ótimo trunfo para enganar suas presas. O tamboril possui uma espécie de isca sobre sua cabeça, na verdade composta pelo primeiro raio da barbatana dorsal modificada, que se projeta sobre a boca do peixe como uma vara de pesca. No topo disso, existe um órgão com bactérias luminosas que produzem uma luz azul-esverdeada semelhante à de um vaga-lume. Como a pele dele absorve luz azul ao invés de refleti-la, o próprio corpo do tamboril fica escondido na escuridão. Assim, quando alguma presa é atraída pela luz, ele a engole. Para ajudar, seu estômago e seus ossos são tão flexíveis que ele é capaz de engolir uma presa com até duas vezes seu tamanho.

Drongo

Drongos são pássaros pretos que costumam manter os olhos bem abertos para aves de rapina e outros predadores. Os animais que vivem próximos deles geralmente se beneficiam de sua vigilância, já que o drongo costuma emitir um som de alerta cada vez que avista um predador. Suricatos, por exemplo, se escondem quando ouvem o som do drongo. Mas ele também se aproveita de sua destreza: nem sempre seu alarme é verdadeiro. Quando os suricatos capturam insetos ou pequenos lagartos, dos quais o drongo também se alimenta, ele emite um som de alarme para os suricatos fugirem, e então rouba sua comida. Como os suricatos não são (tão) bobos, depois de um tempo eles param de confiar no alarme do drongo. Mas o pássaro tem outro truque na manga: ele é capaz de imitar chamados de alarmes de diversas espécies, inclusive dos próprios suricatos, que caem no erro de novamente confiar nele. Muito espertinho e habilidoso.

Garça-verde

A cantil e o tamboril usam partes do seu próprio corpo para atrair animais, mas a garça-verde não possui nada em sua anatomia que permita fazer algo parecido. Então como atrair presas? Com uma isca de verdade! Nem todas as garças-verdes fazem isso, mas é comum observar esses animais depositarem pequenas quantidades de alimento na água, esperando que um peixe seja atraído por ele. Assim que a vítima se aproxima do alimento, a garça-verde ataca. Ninguém sabe ao certo como elas aprenderam a fazer isso. Alguns especialistas acreditam que a habilidade se desenvolveu observando humanos. Algumas garças-verdes já foram observadas pegando pedaços de pão que humanos usavam para alimentar patos e usando isso como isca.

Quati

O quati é um pequeno mamífero americano, encontrado no México, América Central, América do Sul e algumas vezes na América do Norte. As fêmeas e os machos jovens geralmente vivem em grupos, mas os machos adultos costumam viver sozinhos. Geralmente, se alimentam de minhocas, ovos, frutas e insetos, mas vez ou outra se arriscam a caçar animais maiores. Uma de suas presas favoritas é a iguana-verde. Para caçá-la, eles usam um truque mais elaborado, em grupo. Como essas iguanas costumam ficar em árvores, um grupo de quatis escala a árvore e assusta a iguana-verde, que desce para o chão. Os outros quatis estão ali esperando e a capturam assim que desce. Na verdade, o truque é simples, mas bastante eficaz.
Do Animal Planet
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