Localizado no norte de um país dominado pelo deserto de Kalahari, trata-se de um curso d’água que liga o delta do Okavango, em Botsuana, e o pântano de Linyanti, na Namíbia.
Ele também funciona como o epicentro da Reserva de Selinda, uma área de quase 1,3 mil quilômetros quadrados de vastas florestas, planícies, lagoas e pântanos. (Fotos: Beverly Joubert/National Geographic Creative)
Aventura de canoa
Uma das melhores maneiras de explorar a reserva é de canoa, em uma
expedição de cinco dias que navega pelo vertedouro. O percurso de 45
quilômetros começa no nordeste do delta do Okavango e segue para leste
pelas curvas do rio, terminando no Selinda Camp, um dos dois centros de
camping da reserva.
'Safári' espetacular
O curso d’água também serve como uma importante ligação entre o delta e o Parque Nacional de Chobe, no nordeste de Botsuana. Primeiro parque nacional da África, o local abriga a região mais biologicamente diversificada do país, e é famoso por suas populações de leões, elefantes e búfalos.
Oásis de verdade
Eles são os guardiões da última vida selvagem típica de pântanos da África – uma trama formada por água e milhares de ilhotas e que conseguiu florescer neste território desértico.
Rico reino animal
O delta do Okavango abriga 160 espécies de mamíferos, 530 de aves e 155 de répteis, assim como milhares de variedades de plantas. Mais de 800 mil elefantes kalahari – a maior população que ainda existe na Terra – convivem com leões, cães-selvagens-africanos, leopardos, búfalos, girafas e hipopótamos. Também é comum se avistar zebras, hienas, impalas, gnus e outros antílopes.
Protegendo espécies em extinção
A rica biodiversidade do Okavango faz com que 80% do delta seja usado para a caça esportiva, o que resultou em uma queda de 90% no número de animais entre algumas espécies desde meados dos anos 1990.
Recentemente, no entanto, os esforços de preservação se intensificaram. Por exemplo, desde 2013, o presidente de Botsuana Ian Khama tem se recusado a emitir novas licenças para a caça, na esperança de atrair visitantes mais interessados em aventuras ecológicas.
Em junho de 2014, o delta do Okavango se tornou o milésimo local declarado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, uma designação que pode ajudar a preservar a beleza natural da região."
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