Dez incríveis dragões de verdade

Dragão de Komodo.  Com até 3 metros de comprimento e pesando até 70 quilos, trata-se do maior lagarto do mundo. Ele não solta fogo, mas pode matar porcos, veados e até búfalos com o que sai de sua boca. Em 2009, cientistas descobriram que o animal tem uma saliva altamente venenosa que encharca as feridas que ele inflige com seus dentes afiados.
'Cobra-dragão'. Nativa da Indonésia e da Malásia, mas também avistada na Tailândia e em Mianmar, esta misteriosa espécie (Xenodermus javanicus) foi assim chamada por causa de suas escamas. Xenodermus significa "pele estranha" e se refere às fileiras de escamas rugosas e negras que correm como cordilheiras pelo corpo da serpente. Uma cobra como esta chega a medir 60 centímetros, e as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. Ela tem hábitos noturnos e se alimenta essencialmente de sapos.
Dragão-barbudo. O dragão-barbudo (do gênero Pogona) é um dos animais de estimação mais populares em todo o mundo. As oito espécies do gênero vêm todas da Austrália Central. Esses lagartos estufam suas gargantas para criar um imponente semi-círculo cheio de escamas pontiagudas. Essa "barba" se torna negra durante o acasalamento e em momentos de estresse.
Lacraia-dragão rosa-choque.  As lacraias ficam no espectro de menor porte da escala de dragões da vida real. Podem ser encontradas em todo o Sudeste Asiático, e foram batizadas como dragões por causa de suas elaboradas protusões pontudas que servem para proteger suas inúmeras patas. Uma das espécies mais surpreendentes foi a lacraia-dragão rosa-choque (Desmoxytes purpurosea), descoberta em 2007 vivendo em uma caverna de calcário, entre serrapilheiras, na Tailândia.
Dragão-voador. Aqueles que acreditam que dragões deveriam voar vão ficar contentes em saber da existência do gênero Draco. Trata-se de um grupo de répteis que pode genuinamente planar no ar, uma adaptação que os ajudou a sobreviver nas florestas tropicais do Sudeste Asiático. Assim como muitas asas de avião são construídas com suportes e uma membrana estendida entre eles, o dragão-voador tem algumas costelas alongadas que apoiam uma aba de pele, chamada patágio. A estrutura os permite planar por cerca de 8 metros entre uma árvore e outra. A cauda fina e esguia do animal atua como leme.
Libélula gigante. Chamadas de dragonfly ("mosca-dragão") em inglês, as libélulas são encontradas em todos os continentes, exceto na Antártida, e são representadas por cerca de 5 mil espécies. O maior desse grupo de insetos é a Petalura ingentissima, encontrada em Queensland, na Austrália. Essas libélulas de listras pretas e amarelas vivem perto de riachos da floresta tropical. Medem 12 centímetros de comprimento, e suas asas têm 16 centímetros de envergadura. Acredita-se que seja a mais antiga libélula do mundo, com fósseis datados no período jurássico.
Peixe-mandarim. Histórias de dragões não se restringem à terra e aos céus. Na mitologia asiática, os dragões são frequentemente associados com a água, e há muitas criaturas marinhas batizadas em homenagem a eles. Uma das espécies mais atraentes é o peixe-mandarim, animal tropical encontrado na intersecção dos Oceanos Índico e Pacífico. Estes "pequenos dragões", da família Callionymidae, são assim chamados por causa de sua grande barbatana dorsal, que lembram asas articuladas.
Peixe-dragão negro. O peixe-dragão negro (Idiacanthus atlanticus) se parece com os vilões mais assustadores dos contos de fadas, com seu corpo preto e esguio e seus terríveis dentes pontiagudos. É uma espécie de águas profundas e pode ser encontrado até 2 mil metros abaixo da superfície do Oceano Atlântico. Está incrivelmente adaptado ao escuro, ao frio e à alta pressão encontrados nessa profundidade. O animal se alimenta de invertebrados marinhos e de outros peixes. Para atrair as presas, a fêmea tem um barbo – um órgão que se parece com um fio preso em seu queixo, com uma ponta azul luminescente.

Lesma-do-mar. Conhecida em inglês como blue dragon nudibranch ("nudibrânquio-dragão azul"), esta espécie de lesma-do-mar (Glaucus atlanticus)já foi avistada em praias da Austrália, da África e do sudeste dos Estados Unidos, e recentemente foram encontradas na costa leste da Índia. Em vez de voar ou planar, este dragão marinho flutua de barriga para cima para onde quer que o vento o leve. Ela viaja na tensão superficial da água, usando uma bolha de ar na barriga para flutuar.

Dragão-marinho. Não se engane: os dragões-marinhos (da família Syngnathidae) são peixes. Fazem parte da família dos cavalos-marinhos mas são muito mais excêntricos. A mais nova espécie foi descoberta no início deste ano e tem uma coloração vermelha. A principal característica do dragão-marinho são seus apêndices carnudos que imitam algas marinhas, permitindo que o animal possa se camuflar e evitar predadores.
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