Da BBC -
No caso mais recente, imagens divulgadas por um grupo de entusiastas do animal, também conhecido como tilacino, foram recebidas com um misto de alegria e ceticismo.
O vídeo em baixa definição, publicado na internet pelo Grupo de Conscientização sobre o Tilacino, supostamente mostraria o marsupial de cauda longa andando pelas redondezas de Adelaide Hills, no sul da Austrália.
Mas especialistas criticaram as imagens, dizendo que o vídeo borrado não prova a existência do animal e observando que não apareceram, por exemplo, evidências de presas mortas para sustentar a tese.
"Não podemos deixar de notar que estão fora de foco, quando hoje temos câmeras com foco automático."
Sua explicação para a crença de que o tigre-da-tasmânia esteja vivo - sem que haja provas disso - é simples.
"Algumas pessoas acreditam que o mundo ao seu redor não as entende, por isso elas precisam inventar coisas."
O último conhecido
"Eu o vi pela primeira vez em um livro de escola quando era criança, e ali dizia que estavam extinto. Isso desencadeou algo em mim que, desde então, nunca desapareceu", disse Waters à BBC.
"Há muitas peças de museu em todo o mundo que provam que esse animal realmente existiu. Acho que é uma vantagem sobre quem está atrás do Pé Grande ou de um ovni."
O último exemplar conhecido da espécie morreu em um zoológico em Hobart, capital da Tasmânia, em 1936. O tilacino foi perseguido até à extinção por fazendeiros indignados com o número de ovelhas mortas por esse carnívoro.
No entanto, nas décadas seguintes, houve milhares de casos de pessoas que dizem terem avistado animais na Tasmânia e na Austrália continental.
Alguns cientistas têm inclusive falado na ressurreição da espécie por meio de métodos de clonagem que lembram os do filme Parque dos Dinossauros.
Cath Temper, especialista em mamíferos do Museu da Austrália do Sul, diz ser pouco provável que a mais recente filmagem seja real, já que "nunca houve tilacinos na parte continental" da Austrália.
Ela acredita serem remotas as chances de haver um punhado de sobreviventes na Tasmânia. "Mas nunca se sabe", diz.
"Seria arrogante se eu dissesse que não existe nenhuma possibilidade."
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