O medo e a aversão a lobos se infiltraram na cultura ocidental, alimentados por mitos e fábulas.
Na Escandinávia, a subespécie europeia do lobo-cinzento está em vias de extinção, e só restam apenas cinco animais ainda vivos.
Os lobos europeus se reproduzem apenas entre seus próprios familiares, com pouca variabilidade genética, tornando-os mais vulneráveis a ameaças como surtos de doenças, já que não se adaptam tão rapidamente a mudanças ambientais.
'Programa de adoção'
Eles atuaram com lobos mantidos em sete zoológicos da Escandinávia. Ao todo, oito filhotes foram retirados de seus pais naturais e levados a famílias completamente diferentes em outros zoológicos. Outros 35 filhotes nascidos durante o programa permaneceram com suas mães biológicas.
Os filhotes foram removidos com quatro a seis dias de vida para garantir que fossem alimentados com o colostro, o primeiro leite da mãe.
A experiência mostrou que as mães adotivas não só aceitaram os novos filhotes colocados em seu grupo como também se mudaram com a ninhada para outra parte da jaula, em uma tentativa de protegê-los melhor.
A saúde dos bebês e o comportamento dos adultos foram monitorados por um sistema de circuito interno de TV. Os cientistas observaram que os filhotes "trocados" cresceram no mesmo ritmo que os irmãos adotivos e que seus irmãos biológicos.
Além disso, os bebês adotivos tiveram uma taxa de sobrevivência melhor do que seus irmãos biológicos que permaneceram com os pais naturais, com 73% sobrevivendo até 33 semanas. Essa taxa de sobrevivência é a mesma observada na natureza.
Cientistas acreditam que as lobas são capazes de reconhecer sua própria cria, mas segundo o estudo, isso só ocorre quando os filhotes têm entre três e sete semanas de vida.
Isso abre uma oportunidade para que a adoção funcione.
Se filhotes nascidos em cativeiro puderem ser levados a famílias vivendo na natureza e que acabaram de ter seus próprios filhotes, eles têm mais chance de sobreviver. Outra vantagem é que eles também ajudam a aumentar dramaticamente a diversidade da população selvagem, segundo os pesquisadores.
A chegada dos filhotes adotivos pode ajudar a preservar o futuro de um dos animais mais icônicos e polêmicos da natureza."
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